sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Ecos ressoando no musculo vazio ou os dragões também tem asas




(...)Ando tão a flor da pele, que o meu desejo se confunde com a vontade de não ser...(Bicho solto, cão sem dono, menino bandido, as vezes me preservo noutras suicido...) Ando tão a flor da pele que a minha pele tem o fogo do juízo final(...)

(Ecos de Vapor barato no no músculo vazio...)


(...)Ando tão a flor da pele, que o meu desejo se confunde com a vontade de não ser...(Bicho solto, cão sem dono, menino bandido, as vezes me preservo noutras suicido...) Ando tão a flor da pele que a minha pele tem o fogo do juízo final(...)

(Ecos no músculo vazio de Vapor barato...)


Quero fugir do verso feito.
Do verso freio, freio de emoção.
Verso sentido e pensando no silêncio de uma idéia em hipótese.
Quero a idéia feita no ato, no grito, no beijo...
Emoção decifrada na carne, fugir do afago feito pela palavra, amor... repetida em eco no músculo vazio.
Quero o contato direto a pulsação, e artéria inchada sobre o sentimento sem sentido.
Quero um não-poema que celebre a seco o estado de agora...
Esse sentimento que transborda, que é a falta de sentir, por querer sentir o tempo todo...

Falado alto pelos poros da carne,
Esse amor que me falta tanto, por o invento fora de mim.
Um sonhador por trás da mascara de um cético e insensível...
Só sei sentir quando ivento meus sentimentos,
Ai eles me reinventa e se transformam em destino
O destino que eu quis...

Vou Sentir esse meu amor santo! Mesmo na puta.
Projetor minha beatriz, na meretriz...
O infinito dos finais de histórias
já foram trocados de pra sempre pelo nunca mais...

Destilo o vinho daquele sonho imaturo que me embriagada pra criar o veneno do frustrado...
Como um cobra morde o próprio rabo sobrevivo, me alimento e me enveneno.
De tudo que há no cálice de mim.

De pequenas mortes em mim faço uma vida inteira

(O pulo tem a mesma altura do tombo... por isso preciso aprender a ter asas)

Aprendi a pouco tempo, que pra escrever é preciso cuidado, os dragões também tem asas.
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´´Quanto a escrever mais vale um cachorro vivo.´´ Clarice Lispector
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(...)Viver não é necessário; o que é necessário é criar. Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso. Só quero torná-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo.

Fernado Pessoa

Um comentário:

S.S.O disse...

Olá meu amigo de blog secreto, rsrs. Estva dando uma olhada em seus posts... vejo que falamos das mesmas coisas. Será que dentro de todos está estes gritos? Quando leio algo de meus amigos encontro um tantão de mim, é como se reescrevessem de outra forma as mesmas coisas que escrevo. São os mesmos gritos. Para mim é bom saber que minha alma não é tão solitária quanto pensei.

Este poema é da Clarice ou seu? Me pareceu ser seu, mas tem o nome da Clarice em baixo...

Por coincidência ia postar com a mesma música de prefácio que vc usou hoje, mas acabei mudando de idéia.

Estamos em sintonia. rsrs

Um Feliz Ano Novo meu amigo. bjão ^^