sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Ecos ressoando no musculo vazio ou os dragões também tem asas




(...)Ando tão a flor da pele, que o meu desejo se confunde com a vontade de não ser...(Bicho solto, cão sem dono, menino bandido, as vezes me preservo noutras suicido...) Ando tão a flor da pele que a minha pele tem o fogo do juízo final(...)

(Ecos de Vapor barato no no músculo vazio...)


(...)Ando tão a flor da pele, que o meu desejo se confunde com a vontade de não ser...(Bicho solto, cão sem dono, menino bandido, as vezes me preservo noutras suicido...) Ando tão a flor da pele que a minha pele tem o fogo do juízo final(...)

(Ecos no músculo vazio de Vapor barato...)


Quero fugir do verso feito.
Do verso freio, freio de emoção.
Verso sentido e pensando no silêncio de uma idéia em hipótese.
Quero a idéia feita no ato, no grito, no beijo...
Emoção decifrada na carne, fugir do afago feito pela palavra, amor... repetida em eco no músculo vazio.
Quero o contato direto a pulsação, e artéria inchada sobre o sentimento sem sentido.
Quero um não-poema que celebre a seco o estado de agora...
Esse sentimento que transborda, que é a falta de sentir, por querer sentir o tempo todo...

Falado alto pelos poros da carne,
Esse amor que me falta tanto, por o invento fora de mim.
Um sonhador por trás da mascara de um cético e insensível...
Só sei sentir quando ivento meus sentimentos,
Ai eles me reinventa e se transformam em destino
O destino que eu quis...

Vou Sentir esse meu amor santo! Mesmo na puta.
Projetor minha beatriz, na meretriz...
O infinito dos finais de histórias
já foram trocados de pra sempre pelo nunca mais...

Destilo o vinho daquele sonho imaturo que me embriagada pra criar o veneno do frustrado...
Como um cobra morde o próprio rabo sobrevivo, me alimento e me enveneno.
De tudo que há no cálice de mim.

De pequenas mortes em mim faço uma vida inteira

(O pulo tem a mesma altura do tombo... por isso preciso aprender a ter asas)

Aprendi a pouco tempo, que pra escrever é preciso cuidado, os dragões também tem asas.
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´´Quanto a escrever mais vale um cachorro vivo.´´ Clarice Lispector
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(...)Viver não é necessário; o que é necessário é criar. Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso. Só quero torná-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo.

Fernado Pessoa

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Vende-se um grito (pré adaptação)

Vende-se um grito! Vende-se um grito usado, vende-se gritos semi novos e sobretudo procura-se gritos novos pra curar aqueles que já tem calos na língua de tanto calar. Vende gritos que digam mais do que falem, é até melhor se evitar as palavras, o interessante mesmo é se gritar idéias.

Vende-se um grito! usado em outras épocas, ousado em certas coisas e vencido pelas circunstâncias. Vende-se um grito de aviso um encontro marcado com o pecado, um grito gritado pra dar juízo! ( vende –se um grito ajustado, um grito pacato). Um grito patético, dramático, político e poético! Não está parado ar com um símbolo empoeirado dos antigos, mas teima em se coçar na garganta dos incomodados! (Vende-se um grito um grito maldito de se dizer, difícil de se explicar e esquisito de se ver.) Pode ser suave e quietinho metido direitinho onde quer que possa pra acordar quem quer que seja. Pode não ser um grito que se veja de onde vem ou pra onde vai. (São gritos agitados pra ferir os tímpanos dos surdos e abrir os cornos dos cegos escarrados de pranto e mudos de espanto.). Vende-se gritos fantasmas e de ataques de asma, (de espanto e de susto!). Há muitas sutilezas nesses gritos de cama e mesa. Vende-se um grito canceroso, estupendo, duvidoso. Mas pode ser um grito charmoso, dadivoso, langoroso. Tudo depende do gosto. Ou de como se dá o grito! Ou do com o quê! Se dá o grito! Um grito que se dá! È barato!
Mas pode ser caro! Quando é querido e zelado por alguns que gritam que melhor que os outros. Vende-se um grito em convulsão! Um grito e a sua duração... conforme a fatura das prestações dos débitos e os limites do cartão de crédito. (Vende-se gritos, exprimidos, gritados por terceiros e escarrados nos travesseiros.) Há gritos pra lembrar e pra esquecer! Gritos apregoados pra vender! Por que um grito pode sim ser comprado!: Vende-se um grito suado pelo trabalho, lesado pelo salários e aposentado pelo INSS como raquítico. Vende-se um grito cansado que vai mudar pro mesmo lugar! Vende-se um grito no escuro, perplexo com medo do futuro. Por que já que ele parece uma droga, e a juventude é ansiosa e sedenta, ela prefere tomar sua parte direto na veia, do agora, e a única divisão e distribuição que realmente é feita é a das seringas.
Vende-se um grito que salva, que pega, que larga. Vende-se um grito do que atira e do baleado e dos filhos dos dois as tontas pelo mundo.
Vende-se gritos de alívio, gritos iluminados que exprimem pensamentos e vendes-se gritos de lamento. Há gritos que são assim pra despertar da dor os despertador dos que teimam em dormir.
Vende-se gritos dados ao nascer! O grito desses bebês minúsculos já é de espanto!!! Mesmo que ainda não saibam nada. (Pode-se impor uma vontade no grito, podemos ser vencidos no berro. Há questões de vaidade, até nos gritos de felicidade!
Há gritos! Que poderão nem ser gritos! No sentido em que serão sentidos, serão mais um guincho irado!!! Vende-se mil gritos danados... São gritos o que vendemos. Insatisfação garantida ou seu dinheiro de volta. São gritos o que vendemos insatisfação garantida ou seu dinheiro de volta.
1- Nome e Sobrenome?
Ulisses.

2- Você é bobo ou esperto?
Preferiria ser considerado bobo, O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir tocar no mundo. È só o bobo é capaz de excesso de amor. Olho ao redor veja o que temos feito de nos e considerado a vitória nossa de cada dia. Não temos amado acima de todas as coisas. Não temos adorado por termos a sensata mesquinhez de lembras a tempo dos falsos deuses. Temos organizados associações e clubes sorridentes onde se serve com ou sem soda. Falar no que realmente importa é considerado uma gafe. Não temos aceito o que não se entende por que não nos queremos passar por bobos. Temos chamado de fraqueza nossa candura. Mas eu escapei disso, eu não digo que eu tenha muito mais acho que tenho uma procura intensa, eu acho que um bobo esta mais próximo da pobre vitória humana assim.Os espertos ganham dos outros. Em compensação, os bobos ganham a vida
3- Você tem medo da morte?
Antes de morrer de morrer se vive. Só uma flor de plástico não morre. È uma naturalidade morrer, transmutar-se, transformar-se. Temos deixado nossa morte em segredo para que nossa vida se torne possível. Não acredito em pra sempre, nem em nunca mais, a eternidade só existe enquanto lhe cabe vida. Nunca se inventou nada além da morte. Como nunca se inventou um modo diferente de amor de corpo, e estranho e cego e no entanto uma pessoa, sem saber da outra, reinventa a copia. Morrer deve ser um gozo natural, depois que se morre não se vai ao paraíso. Morrer é que é o paraíso.

4- Conte uma boa lembrança de um grande amor?
Um dia eu convidei Lóri para ir na piscina comigo, ela tímida escondia o corpo, como escondia sua própria alma de mim. Tirou o roupão com relutância. E se deitou-se ao meu lado, e começou a observar-se demoradamente, não só a mim mas a todas pessoas do clube. Quebrei o silencio e Perguntei: Por que vc observa tanto as pessoas. Ela respondeu que gostava de ver as pessoas sendo. E disse pra si mesma baixo, como se fizesse um grande descoberta sobre si.
Eu estou sendo...
Eu entusiasmado percebi a aprendizagem avançando, e pedi que ela repetisse.
Ela disse que não importava.
Mas eu lhe disse que importava sim, e queria confirmar o que tinha escutado. Ela respondeu: Eu disse que estou sendo Ulisses.
Ficamos calados como se nos visemos pela primeira vez.
Eu respondi que também estava sendo.
A uma coisa bonita como Lori, não se podia só se ter, uma coisa bonita, se dá ou se recebe, sobretudo deve se ser essa coisa.
Depois ela disse: Um dia sera o mundo com sua impersonalidade soberba versus a minha extrema individualidade de pessoa mas seremos um só.
Ficamos em silencio falando nossa alma um pro outro.
Depois como se ela fosse por um momento mais forte do que ela. Se despediu depressa e foi embora.

5- Gastar a vida é usa-la ou não usa-la?
Usa-la. Viver ultrapassa qualquer entendimento. Ser é um sentimento tão infinito, que não a perigo de gasta-lo com medo de perde-lo,por que ser é infinito, de um infinito de ondas do mar.

6- O que você mais gosta de fazer quando está sozinho?
Faço poesia. Não porque seja poeta mas para exercitar a alma, é o exercício mas profundo do homem. Em geral sai incongruente, e é raro que tenha um tema: é mais uma pesquisa de um modo de pensar. Não é um pensamento é mais um pensamento-sentimento, a gente aprendendo a ser. Nós o que escrevemos, temos na palavra, escrita ou falada, um grande mistério. Que não quero desvendar, raciocinar se restringe dentro da pele, e meus pensamentos me batem na testa. Tenho que não indagar o mistério pra não trair o milgare. È um ato gratuito que salva.

6- Diante do “outro” você sente o quê?
O mundo.
Um raio de Sol suspende a lua...

Pra onde que vai a noite quando o dia chega?
Não sei.
Acho que Pra onde que tava o dia?
E pra onde que vai o dia?
O céu é assim que nem essa cidade, quando anoitece cada raio de Sol, põe sua roupa de estrela, e cada qual vai pro seu canto, em cada canto com seu brilho, pensando só nas suas próprias pontas. E se todos vão pro seu canto quem que vem trazer a lua pra iluminar a noite? Todo dia eu espero que pelo menos um raio de sol, venha trazer a lua, e sempre vem, um ultimo raio de sol sempre fica... sozinho, e é sempre aquele que a gente quase não vê, vem, e suspende a lua. sozinho.
Nossa e ele não cansa de puxar a lua tão grande?
Cansa, tem dia que ele ta tão cansado que só consegue puxar a metade, aí ela fica no Céu, que uma melancia partida.
E se um dia ele não vem?
Aí a noite fica mais escura, só com o brilho, das estrelas, e sozinhas elas brilham muito pouco.


Olha a moça na janela – Tem cara de Panela
Olha o menino no terraço tem cara – de palhaço.
Olha a mulher no portão- tem cara bujão.

Olha o menino na sargeta- Tem cara de careta.
E a careta do que é? Careta de fome.
E a careta do que é? Careta de fome.

Olha a menina do cordão – tem cara de ... interrogação.

Olha o homem na máquina- Já não tem mais cara, só braços.
O povo dessa cidade já não tem mais cara.

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Olha o palhaço no meio da rua...

O Sino da igreja já bateu seis horas – coitado do Palhaço que já vai se embora.
Olha a sirene da policia! - coitado do Palhaço que já vai se embora.
(foge).
(Um hospício na época da ditadura militar)
(dois irmão sianeses)

Brazuca -Deus e um cara gozador adora, brincadeira, pois pra me Joga no mundo tinha o mundo inteiro mais achou muito engraçado me bota cabreiro na barriga da miséria nasci brasileiro.
Capitão- Marcha soldado cabeça de papel
Brazuca- Não vou marchar direito pau no cú do coronel
Capitão- Devemos amar nosso país.
Brazuca- Ou armar nossa nação
Capitão- Minha terra tem palmeiras onde canta o tico-tico
Brazuca- Enquanto o sabiá,vive comendo meu fubá.
Capitão- Exultai nossos queridos governantes, sentados em suas confortáveis cadeira administrando com ardor, o nosso querido Brasil.
Brazuca- De tanto ficarem sentados acabam pensando com as nádegas, não sabem governar a própria cozinha e podem governar o mundo inteiro.
Capitão- Idolatrai as curva da mulher brasileira! Viva a garota de Ipanema!
Brazuca- Nem toda brasileira é bunda.
Capitão- Todos filhos da pátria,
Brazuca- São grandes filhos da puta!
A mãe é tão gentil que dá pra todo mundo.
Dá para os japoneses
Dá para os ingleses
Dá para os norte-americanos...
Só não dá para os próprios brasileiros
É uma puta metida, não dá para pobre.
É terminantemente proibido o Incesto Capital!
Capitão- O Brasil é penta campeão!
Brazuca- Na Miséria, Violência, Corrupção!
Capitão- Morrer! Morrer como herói de guerra defendendo nossa nação!
Brazuca- O que é realmente lutar pela sua nação? A guerra é a disputa entre honras-pátrias pelo o poder. Mas para que o poder e para quem?
Poder para o grande governo e morte honrosa para os patriotas.
Um voto pode fazer a grande diferença para a “democracia da nação”
Mas uma vida não faz diferença alguma, para aumentar seu poder!
Capitão- Diretas já! Vote consciente!
Brazuca- A democracia não é o direito de escolher entre opiniões
Mas de poder ter a sua própria e exerce-la.
Não nos achamos capazes de construir uma pátria digna
Mas achamos que um homem é
Não devemos ter o povo no governo
Mas sim, governo no povo.
Vivo em uma em que não sei se estou louco ou é o mundo que esta doente.

Aceito a guerra, o desemprego a miséria da desigualdade social porque sozinho não posso botar fogo em Brasília.
Capitão- Pátria amada! Idolatrada! (cantado)
Brazuca- Salve! Salve-se quem puder. (cantado)
Sou sonhador por trás da mascara de um cético... (quanto mais me escondo por tras da mascara de um forte mais me mostro impotente e humano)...Um fingidor, que fingi tão bem o amor que deveras sente... Quando fui tentar tirar a mascara de uma paixão, ela ja estava pegada a cara ao peito a alma...Mas se a gente aperta uma rosa com muita força a gente acaba esmagando ela...Meu moralismo vinha do meu querer entender... o mundo que eu ja vivia... Que eu ja sentia... Que eu ja era... Que eu ja amava...Por isso eu procurava coisas... Um sistema... Um amor... (que eu ja vivia...)Vivia num mundo puramente preparado, rotulado...Mas o mundo real puramente vivo... Quebrou meu moralismo...por que o mundo real tem a força de um inferno e a intesidade um de um Éden... Sou ser Imoral...E minha imoralidade vem do meu viver...Do meu querer experimentar... De Eu ser...Queria que minhas mascaras caissem e eu me mostrasse nu, a nudez é a soma de todas a mascaras em harmonia. (por que até o vazio é preenchido pelo nada...)Não sou mais um sonhador e só carrego uma pedra no meu peito...MENTIRA!!!Sou um sonhador e minha vida real é tão reduzida, que momentos como os que vivi, são de tal modos preciosos para mim... Que relembrarei deles e esperarei...PASSIONALXRACIONAL RACIPASSIONALA dualidade que causa o equilibrio...Mas O destino é feito de escolhas...E eu escolhi me desarticular, me desiquilibrar...Amar, sonhar, dizer sim, dizer não, pensar antes de agir, agir antes de pensar...Tomar banho de chuva com alguem correndo ao meu lado...Tomar banho de chuva sozinho!!!Quero alguém que me ensine a não andar com os pés no chão!

Pra ser alguém só basta um diploma, não precisa ser alguém.
Pra amar é necessário ter alguém registrado em seu nome, não por necessidade um do outro.
Temos tido a sensata mesquinhez de classificar as pessoas em números, e etiquelas com um selo de adequação ao mundo, por exemplo numa empresa de 3001 funcionarios, só o que deu certo foi um: o patrão.
Escrevo para a silhueta da juventude em flor, queimada nesse meu delirío
Eu que nunca suguei o mel musical de nenhuma promessa de amor,
Cheiro o polén de amores que não se deram,
pela falta de sóis, quando o amor não se encontrava em primavera,
minha fraca raiz, não sustenta inverno, nem forte verão, meu peito só sabe ser outono em espera de flor, e espera...
e na espera elas desfolham, se fecham as crisálidas.
e no ar meu amor se vai, se finje aprendiz do vento: invisivel aos olhos, não se vê, só se sente, leve, forte, e invisivel.
Sente-se Bater no rosto, as vezes numa tristeza gélida que corta a pele,
as vezes uma brisa de nosltagia.
´´O poder da beleza transforma a honestidade em meretriz, as mulheres em prostitutas, mas depressa do que a força da honestidade faz a beleza se asselhar a ela. Antigamente isso era só uma paradoxo, mas no tempo atual se faz verdade. Eu te amei um dia.´´Hamlet para Ofélia.(Shakespeare).
´´Mas assim toda essa reflexão faz todos covardes, e assim a matiz da decisão.
Se transforma no doentio pálido do pensamento
E empreitadas de vigor e coragem, assim refletidas demais, saem de seu caminho.
Perdem o nome de ação´´
(Hamlet de Shakespeare)
O amor eterno pode parecer, de fato, uma justificativa de todas as infidelidades. Procurando o seu amor eterno, o homem não seria fiel a ninguém.

Um sujeito precisa de quinze encarnações para viver um momento de amor. Porque a mulher amada, nada a obriga a estar na cidade onde a gente mora, a cruzar o nosso caminho, a gostar da gente de igual forma. De forma que encontrar a mulher amada é um cínico e deslavado milagre.
Escrevo para a silhueta da juventude em flor de raiz curta, queimada nesse meu delirío
Eu que nunca suguei o mel musical de nenhuma promessa de amor,
Cheiro o polén de amores que não se deram,
pela falta de sóis, quando o amor não se encontrava em primavera,
minha fraca raiz, não sustenta inverno, nem forte verão, meu peito só sabe ser outono em espera de flor, e espera...
e na espera elas desfolham, se fecham as crisálidas.
e no ar meu amor se vai, se finje aprendiz do vento: invisivel aos olhos, não se vê, só se sente, leve, forte, e invisivel.
Sente-se Bater no rosto, as vezes numa tristeza gélida que corta a pele,
as vezes uma brisa de nosltagia e lembrancas.
A sua beleza
´´O poder da beleza transforma a honestidade em meretriz, as mulheres em prostitutas, mas depressa do que a força da honestidade faz a beleza se asselhar a ela. Antigamente isso era só uma paradoxo, mas no tempo atual se faz verdade. Eu te amei um dia.´´Hamlet para Ofélia.(Shakespeare).
As minhas acoes
´´Mas assim toda essa reflexão faz todos covardes, e assim a matiz da decisão.
Se transforma no doentio pálido do pensamento
E empreitadas de vigor e coragem, assim refletidas demais, saem de seu caminho.
Perdem o nome de ação´´
(Hamlet de Shakespeare)
Um sujeito precisa de quinze encarnações para viver um momento de amor. Porque a mulher amada, nada a obriga a estar na cidade onde a gente mora, a cruzar o nosso caminho, a gostar da gente de igual forma. De forma que encontrar a mulher amada é um cínico e deslavado milagre.
O amor eterno pode parecer, de fato, uma justificativa de todas as infidelidades. Procurando o seu amor eterno, o homem não seria fiel a ninguém
O que não se pode, não se deve, é exigir nestes termos: “Dê-seu coração, ou dê-me sua vida, ou dê-me sua liberdade.”Temos que esperar que a criatura amada faça isso por inteira e exclusiva conta própria.Espere que seu amor decida, Mas não force nunca.
Te amo e nada e questao de covardia ou falta de vontade, e a falta de decidir amar eternamente. de nos escolhermos. ai meu peito n'ao bate mais forte e n'ao consigo amar mais e acho que nem voce.
Voce e vento bom que vem e passa, e deixa a calma de um centro de furac'ao.
Eu não sei de nada
Eu sei. Tem ensino a saber não a sentir, não sinto nada já faz tempo.
Eu sinto o tempo todo, só não sei o que sinto e quando sei não compreendo.
As vezes sim. Eu te ensino.

Se estivesse no meio do deserto sentindo sede, a sede seria suportável!
Mas a falta de sede é insurpotável!

Ele havia por medo cortado a dor de si, só depois viera compreender que não podia se cortar a dor, senão se sofre o tempo todo. E ele havia cortado sem nem sequer ter outra coisa que em si susbtituísse a visão das coisa através da dor de existir, como antes. Sem dor ficara sem nada, perdido no seu próprio mundo e no alheio sem forma... pra contato.

Por seco e calmo ódio que era isso, num silencio sensível...

Silêncio...

Sensível, Mas se não se sente nada!
A urgência era imóvel, mas já tinha um tremor dentro.

Só se pode imitar o paraíso dentro do próprio peito Por esses dois extremos: o da morte e da dor, ou do amor e da vida.

Sem amor, só a loucura.
Rio que perde o chão é catarata...
(...)
Jorro em palavras de outros, em linhas minhas. Meu grito vale a pena dentro da sua boca...


O céu é azul, mesmo cinzento, ou branco, é feito de ar...(Caio Fernando Abreu)
Somos a discoria e o perdão, e nos esquecemos da cor que tinha o céu assim...(Teatro magico- Durma medo meu).


O desejo é o começo do corpo...
(Arnaldo Antunes).
Tranformar o tedio em melodia...
Ou fazer uma canção pro infinito...
O metade é o lugar da onde poder subir até o topo ou descer até o fundo...

Não quero só o raciocinio que se restringe dentro da minha pele, e pensamentos que me batem na testa. Tenho que viver os mistérios pra não trair os milagres.
(C.L?)

A duas formas de se ver a vida, uma é não acreditar em milagres, e a outra acreditar que todas as coisas são milagres.
Albert Einsten

Cada vez que o reino humano me parece condenado ao peso, digo para mim mesmo que á maneira de Perseu,eu devia voar para outro espaço.Não se trata absolutamente de fuga para sonho ou irracional. Quero dizer que preciso mudar de ponto de observação, que preciso considerar o mundo sob uma outra ótica,outra lógica, outros meio de conhecimento e controle.Italo Calvino
Relogio Humano

Ao redor da vida do homem existem gaiolas com um pequeno passáro dentro, as vezes vão nos pulsos como correntes, as vezes em paredes como janelas sem horizontes, com canto animal que palpita em ritmo passivo, de um canto igual e monótono de continuidade, uma pequena caixa que aprisiona o tempo. Um tempo sem destino e sem historia. E quando essa gaiola quebra, não tem força nas grades pra segurar o tempo em si.Que foge no seu ritmo natural... E no silencio do parar dessa maquinaria de vida condensada se escuta outro canto...
Um canto que palpita ritmicamente, de um pássaro que pulsa, mecanicamente acompanhando o canto do outro, como este parara, canta só, como o uirapuru, que canta e todos os outro animais o acompanham na melodia do silêncio. Ao redor desse pássaro fica o homem. E desse pássaro pulsa um canto de sentimentos, de vida e de movimento, que se mecanizava pelo canto do outro pássaro que lhe guiava como maestro, mas sem maestro esse bombeia seu canto, num ritmo aleatório e agitado, em canto de ciranda, um canto de liberdade, protesto, vontade, desejo, paixão, amor. Num canto imoral de vivencia e experimentação, num canto silencioso em que não se entende uma nota, ou palavra, so sente, a vibração de idependencia que pulsa por si só... dependente da maquina humana... de engrenagem de corpo... e de sistema de alma....

(Brinacdeira com João de Melo neto)


Arnaldo Antunes

As maquinas de não fazer nada não estão quebradas...
As maquinas de não fazer nada não estão quebradas...
As maquinas de não fazer nada não estão quebradas...

Um homem com uma dor se acha mais elegante, caminha de lado com se chegando atrasado andasse mais adiante.

OS AUTOMOVEIS AINDA ARDEM EM CHAMAS
NOSSOS SENTIMENTOS ESTÂO ENLATADOS EM TIGELAS DE MORAISE NOSSAS NOTICIAS SÂO DE CIRCO ROMANOS
AS CRIANÇAS JÁ NÂO SONHAM POR SI SÓ
SEUS SONHOS E BRINCADEIRAS JÀ VEM ETIQUETADOS.
O AMOR JÁ VIROU UM SISTEMA
O CORAÇÂO UM PRODUTO
O FUTURO NÂO È MAIS COMO ERA ANTIGAMENTE
E O DIA E A NOITE VIRAMAM REFENS
E OS ASTROS TESTEMUNHAS DE CRIME
A NOITE JÁ NÂO TRAZ DESCANSO, MAS CUIDADO.
E O CAOS BRILHA NOS RAIOS DE SOL, QUE BATEM EM JANELAS FECHADAS, QUE TRAZEM ESCURIDÃO SEM SER NOITE E REFLETEM EM MUROS PICHADOS DE UMA ORGANIZAÇÃO DESORGANIZADORA.
A FUMAÇA SOBE COM O CALOR DE DESPEDIDAS FRIAS
E O MEDO JÁ CONSEGUE VIRAR A CATRACA
E PARAR OS PNEUS
E CORRER POR ROSTOS
DEMAGOGIA EXPLICITA PROTESTO INTERNO
REVOLUÇÃO COLETIVA
AMEMOS ASSIM E QUE CADA BEIJO NOSSO SEJA UMA TENTATIVA DE FUGA.

COMO SERMOS EXTREMISTAS!!!!!!!!!

INFELIZ DO PAÍS QUE PRECISA DE HEROIS!!!!
E COMO FAZER REVOLUÇÃO ESTETICA??!!!! PRA QUE??!!!!
E COMO FAZER REVOLUÇÃO SOCIAL?????
REVOLUÇÃO PESSOAL

Registro marcante com a Erica

São Paulo, Brasil, América do Sul, Terra.

Caros,

Relatando os acontecimentos do dia 11/09/04...

Captando informações desse tempo distante, nesse passado longínquo...

Há exatamente 50 anos acontecia o seguinte num edifício de construção regular num bairro de uma cidade que já relatei acima:

Os tais humanos faziam uma reunião, para fazer um tal de teatro. Era mais ou menos assim: Eles fingiam ser o que não eram. E isso parece entreter e agradar a outros seres humanos que observam o que fazem os primeiros. Não são muitos que apreciam essa atividade, ao que parece, porém ela existe.
Então, nesse edifício onde me encontro eles fazem isso. O local é rodeado de outras pequenas moradias, bastante precárias, um estilo jamais conhecido pó nós. São parecidas e juntadas umas nas outras. São frágeis e frias por dentro. Enfim, lá no tal edifício faz-se o teatro. Eles falam muito, pretendem ser outras coisas ou pessoas. Num primeiro instante fazem algo mais estranho que o tal teatro. Parece chamar-se instalação.
Uma rosa no centro (sim, aquelas plantas com cabos picantes que existiam no passado) e lixo em volta. No centro, papéis com valor porem carimbados sem valor.
E trechos bizarros... Ainda que feia, é uma flor. Dizem que chama-se poema. Depois de observar esse momento eles falam sobre. E até saem partículas de água de alguns olhos.(É assim que eles chamam suas janelas frontais).
Depois fazem o tal de teatro, fingem montar uma cena de construção! Construção! Que palavra antiga, não? Tem reações diversas ao resultado: abrem as boca, parecem apreciar o que fazem.
Depois finalizam e partem.

Duas frases ditas devem ser registradas:

´´Mesmo com todas as dificuldades e adversidades do projeto e de fazer esse trabalho essa instalação ganhou meu dia, faz valer a pena.´´
´´Essa flor é o que fazemos aqui é frágil, é feia, mas é vivo. E o lixo em volta ou o dinheiro sem valor não pode interferir nisso. Meio brega, né?! Mas temos o direito de ser brega, eu acho. De se emocionar, de sentir que estamos vivos´´.

´´Quis construir algo que dissesse que uma flor, o que ela representa vale mais do que o dinheiro. Desde que vi as Bastianas, fiquei pensando naquelas pessoas que moravam lá e pegam comida do lixo. Queria que pegássemos os poemas do lixo também para tentar entender isso´´.

Não entendi o que quiseram dizer com essas falas, mas achei que seria importante registrar.

Por enquanto me retiro.

P S. Essa tinta com a qual faço o relato é algo que eles usavam nessa época para escrever. A única forma nossa que eles tinham eram aqueles velhos e obsoletos PC´s. Além dessas tais canetas.
Bizarros esses humanos.
Ass. TX3001-MAXPOWER20.000

P S. 2 Nesse mesmo dia de alguns anos anteriores, como pude ver, eles tiveram uma grande batalha: entre dois edifícios idênticos e duas máquinas voadoras. Mas o comando foi humano.
Caio Fernando Abreu

Strawberry fields forever (The BEATLES)


"Você quer escrever. Certo, mas você quer escrever? Ou todo mundo te cobra e você acha que tem que escrever? Sei que não é simplório assim, e tem mil coisas outras envolvidas nisso. Mas de repente você pode estar confuso porque fica todo mundo te cobrando, como é que é, e a sua obra? Cadê o romance, quedê a novela, quedê a peça teatral? Danem-se, demônios. Você só tem que escrever se isso vier de dentro pra fora, caso contrário não vai prestar, eu tenho certeza, você poderá enganar a alguns, mas não enganaria a si e, portanto, não preencheria esse oco. Não tem demônio nenhum se interpondo entre você e a máquina. O que tem é uma questão de honestidade básica. Essa perguntinha: você quer mesmo escrever? Isolando as cobranças, você continua querendo? Então vai, remexe fundo, como diz um poeta gaúcho, Gabriel de Britto Velho, "apaga o cigarro no peito / diz pra ti o que não gostas de ouvir / diz tudo". Isso é escrever. Tira sangue com as unhas. E não importa a forma, não importa a "função social", nem nada, não importa que, a princípio, seja apenas uma espécie de auto-exorcismo. Mas tem que sangrar a-bun-dan-te-men-te. Você não está com medo dessa entrega? Porque dói, dói, dói. É de uma solidão assustadora. A única recompensa é aquilo que Laing diz que é a única coisa que pode nos salvar da loucura, do suicídio, da auto-anulação: um sentimento de glória interior. Essa expressão é fundamental na minha vida. Eu conheci razoavelmente bem Clarice Lispector. Ela era infelicíssima. A primeira vez que conversamos eu chorei depois a noite inteira, porque ela inteirinha me doía, porque parecia se doer também, de tanta compreensão sangrada de tudo. Te falo nela porque Clarice, pra mim, é o que mais conheço de GRANDIOSO, literariamente falando. E morreu sozinha, sacaneada, desamada, incompreendida, com fama de "meio doida". Porque se entregou completamente ao seu trabalho de criar. Mergulhou na sua própria trip e foi inventando caminhos, na maior solidão. Como Joyce. Como Kafka, louco e só lá em Praga. Como Van Gogh. Como Artaud. Ou Rimbaud. É esse tipo de criador que você quer ser? Então entregue-se e pague o preço do pato. Que, freqüentemente, é muito caro. Ou você quer fazer uma coisa bem-feitinha pra ser lançada com salgadinhos e uísque suspeito numa tarde amena na Cultura, com todo mundo conhecido fazendo a maior festa? Eu acho que não. Eu conheci/ conheço muita gente assim. E não dou um tostão por eles todos. A você eu amo. Raramente me engano".

(fragmento do texto Carta a Zézim de Caio Fernando Abreu)
As vezes parecia que era só improvisar e tudo então seria um livro aberto ate chegar o dia em que tentamos ter demais vendendo fácil o que não tinha preço.

Fazendo diamantes de pedaços de vidro.

Viver é foda! Morrer é difícil! Sem essa que somos mais que isso! Somos isso!
Tiver tem que ser uma necessidade.

Vamos fazer um filme!

Ando sem os pés no chão, porque ainda não tenho onde pisar.
Não aprendi a ser gente grande pra poder chorar sozinho.
Eu não sei ter tristeza egoísta.

Por que eu sou mais forte do que eu.
Porque eu sei ficar em pé sem cansar.

BOYS DON´T CRY!!!!!!!!

Por que qualquer grande pensamento que revolucione algo maior, bate na minha testa.
Qualquer lágrima, sempre não me passa da pálpebra.
Qualquer grito meu, se estagna na garganta.

Porque fica tudo empossado em mim.
Por que eu mesmo existindo já sou um grito! Que não é estagnado! Tão permanente que já virou banal.

Por que eu já explodi.

E o Essencial é invisível aos olhos cotidianos.

Por que eu sempre quis ser revolucionário inconseqüente.
E demagogo inconsciente.

Porque eu andava em nuvens sem cair.
Até o dia em que me disseram que elas não eram de algodão.
E elas sempre passavam e se esvaiam como se nunca tivessem existido e meu corpo caía...

Mas valente e infante sempre tive asas nos pés e voava...
Minhas asas nunca foram de cera, por mais que eu planasse perto de raios de sois elas não derreteram é de um material mais resistente, de material de sonho...
De idealismo, ceticidade, individualidade e cumplicidade...
Do material do sonho: A vida real : sou eu, sou meu, sou nós, sou todo mundo.
Minhas asas que me fazem subir, são as que me fazem pousar.

Pulava no escuro não importa que muro.
Cheirava a flor da calçada e observava as rosas de plástico.
Os livros na estante já não tem mais tanta importância, do muito que eu li do pouco que eu sei nada me resta,(Carla!! Te Amo! Carla!RSRSRS, um dos pedacinhos de mim), Esta mais nas entranhas e no coração que nos livros...
Na relação com o mundo minhas rimas são interiores.

Porque a vida é a minha maior fantasia!
E qualquer canto é menor que a vida de qualquer pessoa!

Sou assim irreal como o vento, Amoral como uma criança e complicado como o nada. Como qualquer ser humano.
Sou ser Mutante de asas nos pés...
Eu não mudo por que só sei ser assim... Mutante.
Porque o contrario de nada é nada.
Porque meus dois lados são avessos.

Não seria listrado se não fosse do avesso...
Por que sempre só tentei... E fui breve...
Por que não acredito no pra sempre, nem no nunca mais...
Por que não sou tão eterno assim...
Por isso quero eternizar esses minutos breves que escrevo, e já me basta estes momentos, que me faz querer fazer uma canção pra viver mais...

Sem piequice!!!! CARPE DIEM...

E pra não dizer que não falei de flores...
Porque peço perdão pela setença que um anjo caído me fez perceber...
Eu piso em rosas...

Vou passar a cultiva-las e cativa- las , cativarem – me...
Por que é grande o jardim da vida...

Eu sou poeta e não aprendi a amar...
AMAR SE APRENDE AMANDO

Reconhecimento do amor

Amiga, como são desnorteantes
Os caminhos da amizade
Apareceste para ser o ombro suave
Onde se reclina a inquietação do forte
(ou que forte se pensava ingenuamente).
E deslizavas em ritmo gratuito de ciranda.

Como nos enganamos fugindo do amor!
Como o desconhecemos, talvez com receio de enfrentar
Sua espada coruscante, seu formidável
Poder de penetrar o sangue e nele imprimir
Uma orquídea de fogo e lágrimas

Entretanto, ela chegou de manso e me envolveu
Em doçura e celestes amavios.
Não queimava não siderava; sorria.
Mal entendi tonto que fui, esse sorriso.
Feri-me pelas próprias mãos, não pelo amor que trazias para mim
E teus dedos confirmavam ao se juntarem aos meus,
Na infantil procura do outro
O outro que eu me supunha, o outro que te imaginava,
Quando – por esperteza do amor – SENTI QUE ERAMOS UM SÓ.

Agora amada minha para sempre,
Nem olhar temos de ver, nem ouvidos de captar
A melodia, a paisagem, a transparência da vida,
Perdidos estamos na concha ultramarina de amar.

O Amor é grande

Tudo cabe no breve. O meninoé pequeno e encerra o homem;o cérebro é estreito e cobiça opensamento; o olho não é maisque um ponto mais alcança léguas.

O mundo é grande e cabe nessa janela sobre o mar.
O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar.

O sorriso é manifestação dos lábios quando os olhos encontram o que o coração procura.

A gente fica maduro, quando descobre que a vida é imperfeita.

Aí nos conformamos ou nunca nos conseguimos conformar...

Então tentamos ser super herois, ou tentamos ser, nos mesmos... errados, certos, imperfeitos...

A gente fica maduro, quando se mostra humano...

IMPOTENTES E CAPAZES...

E não temos vergonha de experimentar como crianças...

É uma fita do sol
Que se enrola na sua mão
E acaricia meu ombro

É o sopro do mar
E a praia que a aguarda
É o pássaro cantando
Sobre o ramo da figueira

A primeira tristeza do dia
É a porta que se fecha
O carro que se vai
O silêncio que se instala

Mas logo você retorna
E minha vida volta a seu curso
A última alegria do dia
É a lâmpada que se apaga


Que o amor nos aponte uma resposta
mesmo que ele não saiba
e que ninguém o tente complicar
pois é preciso simplicidade pra fazê-lo florescer
porque metade de mim sou eu
e a outra metade é o outro.


Meu coração esta aos pulos
quantas vezes minha esperança sera posta a prova...

Mais vou sacanear mais honesto e esperançoso vou ficar...

EU ME SABOTO!

Não tento chorar, pois sei que naum vou conseguir... (pode ate parecer força, mais é defesa...)

Eu tenho medo da paixão.

Vou me atirar da pedra mais alta talvez bater cabeça no fundo...
Mais naum vou colocar meu coração dentro de um casulo com medo do que pode lhe aguardar...

Naum vou cruzar a calçada quando aparecer uma flor!

POIS AMAR SE APRENDE AMANDO!

Ou vc me ama ou naum esta madura...
O amor é prilegio de maduros...
Maturidade não é moralismo, é ter consciencia do que somos e do que queremos e experimentar como crianças...

Viver qualquer pequeno momento, sem excluir ou exagerar nada que temos, mas com tudo que somos, e com tudo que o momento tem...

(cansei de ser piegas... Ta na hora de viver a poesia, cansei de ser poeta sem aprender a amar...(viu a pieguice. rsrs)

Sou dependente do mundo, mais idepedente de mim.

Ecos...

Sou um poeta.Um anarquista espiritual.Não sou patriota, sou amoral.(...)Sou e sempre fui apenas um palhaço(...)Não sou panfletario, escrevo o que considero vital(...)Creio na liberdade e nisso se resume minha politica.
(Charle Chaplin)

Secos E Molhados - Primavera Nos Dentes
QUEM TEM CONSCIÊNCIA PARA TER CORAGEM
QUEM TEM A FORÇA DE SABER QUE EXISTE
E NO CENTRO DA PRÓPRIA ENGRENAGEM
INVENTA A CONTRA-MOLA QUE RESISTE

QUEM NÃO VACILA MESMO DERROTADO
QUEM JÁ PERDIDO NUNCA DESESPERA
E ENVOLTO EM TEMPESTADE DECEPADO
ENTRE OS DENTES SEGURA A PRIMAVERA



Quantas mortes são necessarias pra saber que já se matou demais...

Quantos valores são necessarios derrubar, pra saber que temos um preço, perante uma sociedade técnica, em que somos parafusos dispensaveis...

Quantas hesitações, vamos nos perdoar, pra saber que vida é perecivel ao tempo, e a derrota...

Quantos sonhos ainda temos pra acordar, pra saber que o futuro não é mais como era antigamente...

Quantos pessoas ainda temos pra perder pra saber, que é impossivel ser feliz sozinho...

Quantos amores tentaremos decifrar , pra saber que o homem é um animal sentimentalmente irracional...

Quanta folhas ainda vamos gastar, escrevendo, versos mofados e secos, que são repetidos, pra saber que se existe uma lirica e uma arte decorativa...

Quanto ainda tem pra se suar, pra saber que o trabalho, sempre tem que ser mercado...

Quanto de vida ainda temos pra viver, pra perceber que tudo que se passa dentro e fora do ser humano é efemero...

To com tanto caco de sonho quebrado que eu me corto até hoje...

Pra quantos lugares vamos fugir, pra saber que nossa casa é na gente mesmo...
E que nunca se foge, por que todo esse mundo ai é nosso...

Desculpe. mas também se morre.
Clarice Lispector

Não se esquecer que é tempo de morangos... E que é morrendo que se nasce.

SERA QUE O MUNDO DE HOJE PODE SER REPRODUZIDO PELO TEATRO?
O MUNDO DE HOJE SO PODE SER REPRODUZIDO PELO TEATRO, SE MOSTRAR_SE POSSIVEL DE TRANSFORMAÇÃO.

BERTOLD BRECHT

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Pra Quem Ainda Vier a me Amar

Quero dizer que te amo só de amor. Sem idéias, palavras, pensamentos. Quero fazer que te amo só de amor. Com sentimentos, sentidos, emoções. Quero curtir que te amo só de amor. Olho no olho, cara a cara, corpo a corpo. Quero querer que te amo só de amor.São sombras as palavras no papel. Claro-escuros projetados pelo amor, dos delírios e dos mistérios do prazer. Apenas sombras as palavras no papel.Ser-não-ser refratados pelo amor no sexo e nos sonhos dos amantes.Fátuas sombras as palavras no papel.Meu amor te escrevo feito um poema de carne, sangue, nervos e sêmen.São versos que pulsam, gemem e fecundam. Meu poema se encanta feito o amor dos bichos livres às urgências dos cios e que jogam, brincam, cantam e dançam fazendo o amor como faço o poema.Quero a vida as claras superfícies onde terminam e começam meusamores. Eu te sinto na pele, e no coração. Quero do amor as tenras superfícies onde a vida é lírica porque telúrica, onde sou épico porque ébrio e lúbrico. Quero genitais todas as nossas superfícies.Não há limites para o prazer, meu grande amor, mas virá sempreantes, não depois da excitação.Meu grande amor, o infinito é um recomeço.Não há limites para se viver um grande amor. Mas só te amo porque me dás o gozo e não gozo mais porque eu te amo. Não há limites para o fim de um grande amor.Nossa nudez, juntos, não se completa nunca, mesmo quando se tornamquentes e congestionadas, úmidas e latejantes todas as mucosas. A nudez a dois não acontece nunca, porque nos vestimos um com o corpo do outro, para inventar deuses na solidão do nós. Por isso a nudez, no amor, não satisfaz nunca.Porque eu te amo, tu não precisas de mim. Porque tu me amas, eu não preciso de ti. No amor, jamais nos deixamos de completar. Somos, um para o outro, deliciosamente desnecessários.O amor é tanto, não quanto. Amar é enquanto, portanto. Ponto.