segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

1- Nome e Sobrenome?
Ulisses.

2- Você é bobo ou esperto?
Preferiria ser considerado bobo, O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir tocar no mundo. È só o bobo é capaz de excesso de amor. Olho ao redor veja o que temos feito de nos e considerado a vitória nossa de cada dia. Não temos amado acima de todas as coisas. Não temos adorado por termos a sensata mesquinhez de lembras a tempo dos falsos deuses. Temos organizados associações e clubes sorridentes onde se serve com ou sem soda. Falar no que realmente importa é considerado uma gafe. Não temos aceito o que não se entende por que não nos queremos passar por bobos. Temos chamado de fraqueza nossa candura. Mas eu escapei disso, eu não digo que eu tenha muito mais acho que tenho uma procura intensa, eu acho que um bobo esta mais próximo da pobre vitória humana assim.Os espertos ganham dos outros. Em compensação, os bobos ganham a vida
3- Você tem medo da morte?
Antes de morrer de morrer se vive. Só uma flor de plástico não morre. È uma naturalidade morrer, transmutar-se, transformar-se. Temos deixado nossa morte em segredo para que nossa vida se torne possível. Não acredito em pra sempre, nem em nunca mais, a eternidade só existe enquanto lhe cabe vida. Nunca se inventou nada além da morte. Como nunca se inventou um modo diferente de amor de corpo, e estranho e cego e no entanto uma pessoa, sem saber da outra, reinventa a copia. Morrer deve ser um gozo natural, depois que se morre não se vai ao paraíso. Morrer é que é o paraíso.

4- Conte uma boa lembrança de um grande amor?
Um dia eu convidei Lóri para ir na piscina comigo, ela tímida escondia o corpo, como escondia sua própria alma de mim. Tirou o roupão com relutância. E se deitou-se ao meu lado, e começou a observar-se demoradamente, não só a mim mas a todas pessoas do clube. Quebrei o silencio e Perguntei: Por que vc observa tanto as pessoas. Ela respondeu que gostava de ver as pessoas sendo. E disse pra si mesma baixo, como se fizesse um grande descoberta sobre si.
Eu estou sendo...
Eu entusiasmado percebi a aprendizagem avançando, e pedi que ela repetisse.
Ela disse que não importava.
Mas eu lhe disse que importava sim, e queria confirmar o que tinha escutado. Ela respondeu: Eu disse que estou sendo Ulisses.
Ficamos calados como se nos visemos pela primeira vez.
Eu respondi que também estava sendo.
A uma coisa bonita como Lori, não se podia só se ter, uma coisa bonita, se dá ou se recebe, sobretudo deve se ser essa coisa.
Depois ela disse: Um dia sera o mundo com sua impersonalidade soberba versus a minha extrema individualidade de pessoa mas seremos um só.
Ficamos em silencio falando nossa alma um pro outro.
Depois como se ela fosse por um momento mais forte do que ela. Se despediu depressa e foi embora.

5- Gastar a vida é usa-la ou não usa-la?
Usa-la. Viver ultrapassa qualquer entendimento. Ser é um sentimento tão infinito, que não a perigo de gasta-lo com medo de perde-lo,por que ser é infinito, de um infinito de ondas do mar.

6- O que você mais gosta de fazer quando está sozinho?
Faço poesia. Não porque seja poeta mas para exercitar a alma, é o exercício mas profundo do homem. Em geral sai incongruente, e é raro que tenha um tema: é mais uma pesquisa de um modo de pensar. Não é um pensamento é mais um pensamento-sentimento, a gente aprendendo a ser. Nós o que escrevemos, temos na palavra, escrita ou falada, um grande mistério. Que não quero desvendar, raciocinar se restringe dentro da pele, e meus pensamentos me batem na testa. Tenho que não indagar o mistério pra não trair o milgare. È um ato gratuito que salva.

6- Diante do “outro” você sente o quê?
O mundo.

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