quinta-feira, 26 de julho de 2007

Vento bom que vem e passa... e me deixa a calma de um centro de furacão...


´´Aparição amorosa/ Doce fantasma, por que me visitas como em outros tempos nossos corpos se visitavam?/ Tua transparência roça-me a pele, convida a refazermos carícias impraticáveis./ Mas insistes, doçura. /Ouço-te a voz, mesma voz, mesmo timbre, mesmas leves sílabas/ Ouço teu nome, única parte de ti que não se dissolve e continua existindo, puro som. / Aperto... o quê? a massa de ar em que te converteste e beijo, beijo intensamente o nada./ És tão real assim tão ilusório?/ Já nem distingo mais se és sombra ou sombra sempre foste, e nossa história invenção de livro soletrado/ Terei um dia conhecido teu vero corpo/ O desejo perdura em ti que já não és./ Querida ausente, a perseguir-me, suave? /Tua visita ardente me consola./Tua visita ardente me desola./Tua visita apenas uma esamola...´´(Carlos Drummond de Andrade)

Amores serão sempre amáveis, Futuros amantes, quiçá Se amarão sem saber Com o amor que eu um dia Deixei pra você (Chico Buarque)

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