segunda-feira, 18 de junho de 2007

Pontua-se a paixão, pra se conjugar o verbo amar...

´´Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões, é que se ama verdadeiramente.´´
Clarice Lispector

Se fosse um ponto final. Seria um ponto só. Pequeno e só.
Seriam iguais se fossem dois pontos: seria um igual: a espera de um resultado .cada um final e só. juntos traçariam caminhos, traçariam pequenas rotas, cada um a sua, virariam aspas´´ pequenas juntas e incertas, maiores que pontos sós, discordantes de si, ressaltadas e questionadas, sempre juntas mais sempre um pouco separadas.
Se iventassem um ponto a mais virariam retcencias... Viveriam um talvez, um de novo, um nunca mais, ou um pra sempre, ficariam entre etceteras como se tivessem duas pernas que lhe sustentam, criariassem uma terceira pra lhe dar segurança, esse outro ponto de segurança, uma promessa ou ilusão, se tornariam um tripé seguro e imóvel, só se perdem-se dessa ´´certeza´´, viveriam com o risco de cair e o prazer de correr... e resultar...
Se fosse um só ponto a procura cega, desgastante, ilusória, viraria uma linha, traçaria uma curva confusa sozinha a procura de um resultado incerto, e se transfomariam num ?, pressionando em cima de um pequeno ponto final. Se fossem os dois no caminho a procura traçariam, mais certos menos confusos, um caminho e virariam cada um uma linha um = a procura de um resultado maior, se cruzassem seus caminhos, se dessem as mãos na procura sem esgoismo de uma historia juntos, virariam um +, virariam um só, e iam sempre procurar mais, cada um apontando pro seu próprio caminho, mais unidos pelo centro.
Iriam se somando...

. sozinho, final.
: junto, igual
... talvez, tripé
: junto, igual novamente
. final sozinho

nada

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Polém

´´Sem você as emoções de hoje seriam carne morta das emoções do passado´´
(do filme Amelie Polain).



Como um viciado em néctar de flor, bebia...

Limpava á alcool, a magóa.


O peito em pleno outono caindo em folha seca e quebradiça.

Desfolhava a alma em mal-me-quer e nostalgia.


Regorgitava a frustração com a nostalgia,

e vomitava enjoado entre os joelhos: Mel e Alcóol,


Melancolia.


Sacodia a poeira do casaco,

como num gesto pra se agarrar a qualquer coisa de dignidade,

No meio do seu metódo de Exorcisão.


E espalhava poeira no ar...

Que desenha seus suspiros na frente da face suada...


Como quando a poeira sobe no baque de um animal que caí,

num último suspiro, e espalha um pouco de vida no vento: Caiu...


Como se esperasse uma nuvem pra pisar.

Caiu tonto...
levantando poeira.


Espalhava a casca seca de um amor não usado no ar...

Como pólem...

E para aqueles, que hão de vir amar um dia.

Um amor não usado e todo inteiro esperava no ar.