segunda-feira, 30 de julho de 2007

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´´Quando nada acontece...
Há um milagre que não estamos vendo.´´

Guimarães Rosa.

Dizer não tantas vezes, até formar uma canção...


´´Para vender cada vez mais, sou obrigado a cantar com a garaganta de um cantor de sucesso,

não com a minha, bailar com as pernas de outro bailarino, não com as que tenho, tenho que olhar o mundo com os olhos alheios, não com os meus.

Chorar as lágrimas que me jogaram no rosto, sorrir o srriso que me esculpiram na face: como pedra.´´


´´Eu peço: Cantemos com a nossa voz! bailemos como o nosso corpo! Falemos com a nossa palavra!´´


Pra resisistir não basta dizer não. Desejar é preciso. È preciso sonhar...


AUGUSTO BOAL
"Que tal começarmos a exercer o jamais proclamado direito de sonhar? Que tal delirarmos um pouquinho? Vamos fixar o olhar num ponto além da infâmia para adivinhar outro mundo possível! "
Eduardo Galeano

Cada volta tua há de apagar o que essa ausência tua me causou...


´´Não consigo dormir . Tenho uma mulher atravessada entre minhas pálpebras. Se pudesse, diria a ela que fosse embora; mas, tenho uma mulher atravessada em minha garganta.´´ Eduardo Galeano

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Vento bom que vem e passa... e me deixa a calma de um centro de furacão...


´´Aparição amorosa/ Doce fantasma, por que me visitas como em outros tempos nossos corpos se visitavam?/ Tua transparência roça-me a pele, convida a refazermos carícias impraticáveis./ Mas insistes, doçura. /Ouço-te a voz, mesma voz, mesmo timbre, mesmas leves sílabas/ Ouço teu nome, única parte de ti que não se dissolve e continua existindo, puro som. / Aperto... o quê? a massa de ar em que te converteste e beijo, beijo intensamente o nada./ És tão real assim tão ilusório?/ Já nem distingo mais se és sombra ou sombra sempre foste, e nossa história invenção de livro soletrado/ Terei um dia conhecido teu vero corpo/ O desejo perdura em ti que já não és./ Querida ausente, a perseguir-me, suave? /Tua visita ardente me consola./Tua visita ardente me desola./Tua visita apenas uma esamola...´´(Carlos Drummond de Andrade)

Amores serão sempre amáveis, Futuros amantes, quiçá Se amarão sem saber Com o amor que eu um dia Deixei pra você (Chico Buarque)

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Serenata...



´´Eu já falei com os olhos que te quero e você não ouviu...


Eu já falei com as mão que eu te amo e você não sentiu...


Eu Já fui até a Lua! pra tentar de convencer... e acabei...


Conquistando a Lua, só não conquistei você...


Eu já fui até a Lua, pra tentar de convencer e acabei


Namorando a Lua, só não namorei você.´´


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´´Serenata -Enamorado a la luna´´
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Ya te lo dise con los ojos
Que te amo i no oiste...

Ya te lo dise con las manos
Que te quiero i no lo sentinte.

Ya me fui hasta la luna!
Para que te convenceiras
E termine...

Conquistando a la luna

Solo a ti no conquiste.


Ya me fui hasta la luna!

Para que te convencieiras...
E termine.

Conquistando a la luna.

Solo a ti no conquiste...

Vestir...


A virtude é uma roupa muito larga pra alma,

E em nós, que somos jovens ela ainda fica grande demais.

Aperta e afrouxa...

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Flores para a Ofélia...


Escrevo para a silhueta da juventude em flor, queimada nesse meu delirío. Eu que nunca suguei o mel musical de nenhuma promessa de amor, Cheiro o polén de amores que não se deram, pela falta de sóis, quando o amor não se encontrava em primavera. Minha fraca raiz, não sustenta inverno, nem forte verão, meu peito só sabe ser outono em espera de flor, e espera...

e na espera elas desfolham, se fecham as crisálidas. E no ar meu amor se vai, se finje aprendiz do vento: invisivel aos olhos, não se vê, só se sente, leve, forte, e invisível. Sente-se Bater no rosto, as vezes numa tristeza gélida que corta a pele, as vezes uma brisa de nosltagia.






´´O poder da beleza transforma a honestidade em meretriz, as mulheres em prostitutas, mas depressa do que a força da honestidade faz a beleza se assemelhar a ela. Antigamente isso era só uma paradoxo, mas no tempo atual se faz verdade. Eu te amei um dia.´´Hamlet para Ofélia.(Shakespeare).







´´Mas assim toda essa reflexão faz todos covardes, e assim a matiz da decisão.
Se transforma no doentio pálido do pensamento
E empreitadas de vigor e coragem, assim refletidas demais, saem de seu caminho.
Perdem o nome de ação´´ (Hamlet de Shakespeare)

A ventania




Assovia o vento dentro de mim. Estou despido. Dono de nada, dono de ninguém, nem mesmo dono de minhas certezas, sou minha cara contra o vento, a contravento, e sou o vento que bate em minha cara." (Eduardo Galeano).